Segundo Dupuy, a soberania nacional está em jogo e poderia ser perdida se persistirem a violência na nação e as discrepâncias políticas para a realização do segundo turno das eleições presidenciais.
Protesters in Nazon at this moment. Tabula Raza? #Haitielections pic.twitter.com/2cEBdtybnx
— Jacqueline Charles (@Jacquiecharles) 25 janeiro 2016
O mandato do atual presidente, Michel Martelly, termina no próximo dia 7 de fevereiro, mas, devido a denúncias de fraude eleitoral no primeiro turno das eleições que definiriam o próximo mandatário, a oposição convocou protestos e atos violentos que resultaram no adiamento do segundo turno – primeiro para o final de dezembro, depois para o último domingo (24), quando o pleito foi novamente adiado, desta vez sem previsão para uma nova data.
"Se continuarmos enviando sinais de que não podemos administrar o nosso país, vão fazer isso por nós (…). Podemos nos tornar um risco para nossos vizinhos do hemisfério", alertou Dupuy.
Tense situation in Haiti as protesters demand the resignation of the president. #haitielections pic.twitter.com/suJt8EHjsY
— Frances Robles (@FrancesRobles) 23 janeiro 2016
Ele enfatizou a necessidade de manter a calma nas cidades, bem como a importância da estabilidade política para avançar no progresso econômico do Haiti. A este respeito, ele exortou os políticos a priorizar os interesses nacionais sobre as reivindicações pessoais e a facilitar a convocação das eleições.
Segundo os opositores, as irregularidades observadas no primeiro turno favorecem o candidato de Martelly, Jovenel Moise. Diante das denúncias, o candidato da oposição, Jude Celestin, resolveu boicotar a disputa, acirrando a crise no país caribenho.
Desde 2004, o Brasil lidera a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah). Na época, o país do Caribe vivia um momento de extrema violência e instabilidade devido à renúncia de Jean-Bertrand Aristide, que teve sua vitória eleitoral de 2001 contestada pela oposição.
Militares brasileiros se preparam para integrar contingente no Haiti. https://t.co/607CiccGFY pic.twitter.com/nozak3Iilt
— Ministério da Defesa (@DefesaGovBr) 25 janeiro 2016