Na ocasião, jornalistas perguntaram ao ministro grego se a Turquia poderia integrar o eixo da luta contra o terrorismo ao lado de Israel, Chipre, Grécia, Egito e Jordânia, e quais seriam as condições necessários para isso.
"Todos nós queremos que a Turquia tenha boas intenções e venha até nós para integrar um planejamento conjunto contra o terrorismo. Todos nós queremos que o comportamento da Turquia corresponda aos padrões e normas do direito internacional. Isso requer uma mudança nas atitudes da Turquia" – disse Kammenos.
"Para se ter boas relações e aliança com qualquer país, em primeiro lugar você precisa reconhecê-lo como tal. Turquia até hoje não reconhece o Chipre" – completou o político.
"Em segundo lugar, o tema do terrorismo. A verdade é que grande parte do petróleo que vem do Daesh, que vem dos terroristas, passa pela Turquia, e através da Turquia passa o financiamento do terrorismo. Seria bom se a Turquia decidisse mudar a sua relação, não cooperar com o terrorismo, não promover ações que causassem problemas à região, se usasse o financiamento da União Europeia e conseguisse em seu próprio benefício econômico deter os refugiados na costa da Ásia Menor" – completou Kammenos.
Ele exortou o presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, a mudar o rumo do seu país.
"Estamos aqui com as melhores intenções. Esperamos que o governo [do presidente Erdogan], ao invés de conduzir a Turquia para o fundamentalismo, desviasse o barco para levá-lo aos valores do Ocidente, aos valores do eixo do bem, para o bem de seus cidadãos e da região como um todo" – declarou o ministro grego da Defesa.
Falando sobre a regulação da questão cipriota, Kammenos disse ter, antes de tudo, esperanças de que o problema seja resolvido com base no direito internacional. "O exército turco e as forças de ocupação, sem dúvida, não deverão participar desta decisão. Seria como nomear um pedófilo para dirigir um jardim de infância, dizendo ser possível manter as forças de ocupação no país, e considerar que elas podem fazer parte da solução" – explicou o ministro.
"Nós podemos – e esse é o objetivo – criar um eixo de segurança que começasse em Israel, passasse por Chipre até a Grécia e – por que não – seguisse ao norte para a Bulgária e ao sul para o Egito e a Jordânia" – disse Kammenos.
Uma reunião trilateral entre líderes da Grécia, Chipre e Israel está marcada para acontecer na quinta-feira (28).