Entre os desafios que serão estudados pela comunidade científica estão: como recuperar o solo, a qualidade da água do Rio Doce, a vegetação e a atividade econômica das comunidades atingidas pelo desastre.
O presidente em exercício da Fundação de Amparo à Pesquisa de MG, Paulo Sérgio Lacerda Beirão, explicou para a imprensa que o acordo visa a unir esforços, em uma grande rede de conhecimento envolvendo várias áreas.
“A expectativa é a de que nós tenhamos pesquisadores de áreas distintas, abordando de uma forma mais abrangente os problemas, e não simplesmente isoladamente. Vai haver um financiamento, e bolsas também para o pessoal que vai poder se dedicar mais a fundo na busca de soluções para esses problemas”.
Segundo o Presidente da Capes, Carlos Afonso Nobre, os investimentos nos projetos e nas bolsas de estudo que vão ser oferecidas são da ordem de R$ 12 milhões, e pesquisadores internacionais também serão bem vindos ao programa.
“Nós vamos colocar no edital inúmeras bolsas de mestrado, doutorado, pós-doutorado. Incentivamos convidar pesquisadores de fora do Brasil a virem também participar, mas o principal são pesquisadores e estudantes. Há um desejo muito grande de envolver todos os atores que podem colaborar na recomposição da Bacia do Rio Doce”.
Afonso Nobre acredita que as pesquisas que forem elaboradas a partir desse acordo irão ajudar nas ações futuras que forem adotadas pelo governo para recuperar as áreas afetadas pela lama que vazou da barragem, destruindo a flora e a fauna da região.
“O objetivo final de pesquisa aplicada desta natureza é que ela oriente políticas públicas. E, realmente, países que seguem ciência e conhecimento científico em políticas públicas chegam mais rapidamente ao desenvolvimento”.
De acordo com a Capes, o edital de seleção dos pesquisadores e das instituições de pesquisa públicas ou privadas está previsto para sair em fevereiro.