Duas semanas antes da passagem da presidência do grupo à Índia (em 15 de fevereiro), a capital indiana sedia uma conferência dedicada às perspectivas dos BRICS.
O especialista lembrou que os BRICS são vistos, primeiro, como um grupo informal de economias emergentes que se esforçam para desenvolver. Mas "o [grupo] BRICS tornou-se algo muito maior do que um centro de investimentos. Se calhar, desde o início não era coisa de investimento", frisou.
Nisso, ele afirma ser diferente dos críticos, que costumam olhar os BRICS do ângulo financeiro, considerando as perspectivas de investimentos e se esquecendo do resto.
Aliás, também hoje, o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou a entrada em vigor do novo sistema de quotas por país.
A quota dos BRICS atingiu 14,7%, ficando a 0,3% do montante que dá o direito de vetar as decisões dos sócios.
As regras
Então, qual é a estratégia para com as regras?
"Isso manifesta-se de maneiras diferentes. Por exemplo, vários países — o Brasil, a África do Sul, a Índia — tencionam tornar-se membros do Conselho de Segurança da ONU. Nós todos estamos a favor da reforma das regras do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional. Estamos no processo de criar o Banco dos BRICS", disse Unnikrishnan.
Contudo, ressaltou: "Nós não pensamos em transformar o mundo por completo. Não queremos uma revolução, senão uma evolução".
Eventos
O representante da Índia não deixou de ressaltar que o Conselho de Centros Analíticos dos BRICS irá convocar dois encontros internacionais, além de fóruns acadêmicos e uma reunião de jovens cientistas.
Além disso, a Índia sediará, durante a sua presidência no grupo, uma conferência digital e um evento dedicado à saúde. Este segundo terá lugar nos dias do ioga.