David Kramer, o diretor do Instituto McCain e ex-diretor da Freedom House ("Casa de Liberdade" em inglês), a organização que, segundo melhores tradições, promove direitos humanos, democracia e economia de livre mercado, sugeriu fechar várias empresas midiáticas russas, inclusive RT e a Sputnik.
A respectiva informação foi divulgada por ele na entrevista ao jornal lituano Veidas.
Kramer também sugeriu uma segunda opção – financiar órgãos da mídia próprios para transmitir informações dirigidas a cidadãos da Rússia e da região do leste da Europa.
A Freedom House divulgou um mapa do mundo midiático, batizado de “classificação política dos países”. Os países estão marcados com cores, com a cor verde significando "livre", a violeta "não livre" e a amarela — "parcialmente livre".
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Ele argumentou a sua opinião pelo fato “incontestável” da "invasão russa" no Leste da Ucrânia. Além disso, ele também acusou a Rússia de instalar tropas em solo sírio.
A parte russa, contudo, insiste que só realiza uma operação aérea na Síria. Os relatórios do Ministério da Defesa e do Estado-Maior do Exército, apresentados ao público cada semana, trazem estas informações.
Em relação à situação na Ucrânia, Kramer ignorou as declarações de Moscou, que afirma não ter nada a ver com o conflito armado interno na Ucrânia e estar interessada na resolução pacífica deste.
Reação
A assessoria de imprensa da Sputnik comentou as declarações de David Kramer, dizendo:
"A proposta do senhor Kramer contradiz a essência dos princípios europeus da liberdade de expressão e de imprensa. Na realidade trata-se de um ato de censura. A situação é agravada pelo fato de umas propostas tão estranhas serem feitas na Lituânia pelo ex-chefe da Freedom House, entidade pública que propaga princípios da liberdade e democracia no mundo. A Sputnik é uma agência internacional de notícias e emissora de rádio que transmite em mais de 30 línguas do mundo. A redação da Sputnik trabalha em conformidade com as leis que regulamentam a atividade da mídia".
Mas este caso já não é o primeiro quando países do Leste europeia criticam o canal RT ou a agência internacional de informações Rossiya Segodnya (a Sputnik é um dos projetos desta agência).
A RT mesmo já ironizou a situação com acusações semelhantes neste vídeo:
Ainda mais cedo, em outubro do ano passado, a Letônia não permitiu registrar a Agência Internacional de Informações Rossiya Segodnya e recusou a queixa da agência. A Estônia também já tem recusado entrada a jornalista da agência russa. Tal liberdade de imprensa mesmo pode parecer invejável…