O político fez a declaração respectiva em entrevista coletiva que teve lugar na sede da agência internacional de notícias Rossiya Segodnya, em Moscou.
Ele sublinhou que as recentes negociações com o representante especial do presidente russo no Oriente Médio, vice-ministro das Relações Exteriores russo, Mikhail Bogdanov, foram “muito úteis”.
“Nós prestamos atenção especial a várias crises na região do Oriente Médio. A questão principal que foi discutida ontem foi a de meios de realização de acordos atingidos em Viena e Nova York para regulação política da questão síria”, disse o vice-chanceler iraniano.
Segundo ele, as partes também discutiram a situação em Iêmen, Líbano e Palestina.
Vale lembrar que na altura do início da intervenção militar da Arábia Saudita no Iêmen, em março do ano passado, foi o chanceler do Irã, Javad Zarif, quem propôs um plano de ação para pacificar o país. O vice-chanceler Abdollahian foi encarregado de apresentar a iniciativa, pelo que o próprio projeto foi batizado de “plano de Abdollahian”.
“Em várias questões da região do Oriente Médio Teerã e Moscou têm posições próximas. No que diz respeito à questão síria, temos posições comuns”, notou o vice-chanceler em Moscou.
Além disso, Abdollahian tocou no assunto das relações entre Teerã e Riad, que foram formalmente suspendidas em 3 de janeiro do ano em curso. Para a parte iraniana, trata-se de uma provocação saudita.
“Nós apelamos a Arábia Saudita a parar as suas ações provocativas e também as ações que criam tensão”, frisou o vice-chanceler, destacando que o seu país está certo de que haverá “novas possibilidades” no âmbito econômico e comercial entre os países do golfo Pérsico no período “pós-sanções”.
Teerã e Riad decidiram romper suas relações oficiais após uma série de ataques a representações diplomáticas da Arábia Saudita no Irã, motivados pela execução do proeminente clérigo xiita Nimr al-Nimr e de outras 46 pessoas, pelas autoridades sauditas, no último dia 2.