"Rússia e Irã gozam de uma presença significativa na Síria, tendo ajudado Assad a alcançar uma série de vitórias nas últimas semanas. O papel dos EUA está mais limitado" – diz o artigo.
Tal situação deixa os líderes da oposição descontentes, já que Washington passa a ter que concordar com propostas defendidas pela Rússia sobre a regulação.
"Kerry não fez quaisquer promessas, nem apresentou quaisquer iniciativas. Faz tempo que ele vem dando os mesmos sinais que a Rússia, que defende a criação de um "governo nacional" e a possibilidade de Assad permanecer no poder e se recandidatar às próximas eleições" – escreve Politico, citando as palavras do presidente Coalizão Nacional Síria Khaled Khoja.
A publicação destaca que a posição dos EUA sobre o processo de regulação do conflito civil na Síria rebaixa a autoridade de Obama aos olhos da oposição do país árabe.
Junto a isso, uma série de representantes da oposição já declararam o seu descontentamento com relação à honestidade do papel de mediador desempenhando pelos EUA. Na opinião do pesquisador sênior do Centro para Interesses Nacionais, Andrew Bowen, a oposição perdeu a confiança e a fé na capacidade dos EUA de concluir a regulação política na Síria.
A Síria vive desde 2011 em estado de guerra permanente e, segundo dados da ONU, já perdeu mais de 230 mil pessoas. As tropas do governo sírio combatem vários grupos rebeldes e organizações armadas, bem como grupos terroristas, incluindo o Daesh (Estado Islâmico) e a Frente al-Nusra.