Entre os principais temas abordados na reunião entre os ministros das Relações Exteriores da Unasul na última quinta-feira (29), destacam-se a situação econômica dos países do organismo e criação de uma cidadania sul-americana comum.
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— UNASUR (@unasur) 28 janeiro 2016
Crise econômica
Como os países sul-americanos foram muito afetados pela queda nos preços das commodities, a situação econômica da Unasul dominou as conversações entre os chanceleres.
O secretário-geral da Unasul, Ernesto Samper, chamou a atenção para a crise econômica e pediu a busca de alternativas necessárias para que o bloco responda à atual situação financeira da região.
Samper destacou que os países sul-americanos tiraram 120 milhões de pessoas da pobreza e seria injusto que estas pessoas retornem a essas condições de vida.
Já o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, afirmou que todos os participantes foram unânimes de que deve ter mais comércio intra-regional e mais investimentos entre as nações sul-americanas. Ele também destacou o papel da organização no sentido de promover a integração e buscar soluções para as questões do crescimento.
Na véspera, durante a reunião da Celac, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pediu que o bloco estabeleça um "plano tático anticrise" para estimular o comércio na região. A Venezuela está passando por uma recessão e grave crise de desabastecimento. A situação do país se agravou com a queda do preço do petróleo.
“É hora de um plano de solidariedade, complementariedade, desenvolvimento compartilhado de América Latina e Caribe", disse Maduro.
Integração regional
Durante o encontro, os ministros acordaram sobre a necessidade de implementar novos progressos na integração da região, promovendo as facilidades fronteiriças, o comércio intra-regional, a mobilidade humana e a relação com sócios extra-regionais.
O objetivo é remover os obstáculos que impedem a mobilidade dos sul-americanos através da região e fomentar a integração em todos os âmbitos, removendo os os obstáculos que impedem a mobilidade dos sul-americanos através da região.
Colômbia e as FARC
Os países aproveitaram a reunião para discutir a missão de monitoramento do cessar-fogo entre o governo da Colômbia e as Farc, aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU na última segunda (25) e que será operada por membros da Celac.
A chanceler colombiana Angela Holguin Maria apresentou um relatório completo e detalhado sobre o progresso do processo de paz e os acordos que foram alcançados nas conversações entre o governo e as FARC.
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Segundo ela, o processo de paz na Colômbia está na ‘reta final”, acrescentando que “a paz é, obviamente, benéfica para a Colômbia, mas é uma paz para toda a região, especialmente para os países fronteiriços”.
Já a ministra das Relações Exteriores da Venezuela, Delcy Rodríguez, destacou que é uma "mensagem ao mundo" que a unidade de trabalho pode resolver "disputas" e "divergências", referindo-se ao processo de paz realizado pelo governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).