Il Duce usava a embarcação apreendida hoje para manter encontros românticos com sua namorada, Clara Petacci, e o afundou em 1943 para evitar que caísse em mãos erradas, segundo relata a RT.
Continuamos con nuestra entrega de amores malditos, hoy con Benito Mussolini y Clara Petacci. Sintoniza @CanalUnoCo pic.twitter.com/e62zXCcNf7
— GPS CMI (@gpsxcmi) 18 junho 2015
De acordo com a Rai News, o “barco do amor” do ditador italiano estava entre os 28 milhões de euros em bens apreendidos do empresário Salvatore Squillante, supostamente implicado no processo conhecido como "Máfia Capital" – um dos maiores julgamentos envolvendo o crime organizado da Itália, e que recentemente desbaratou um esquema de associação mafiosa dentro da Prefeitura de Roma.
De acordo com o jornal La Stampa, Squillante serviu sentença de serviço comunitário devido a uma falência fraudulenta em 1993 e, de acordo com a Justiça italiana, fez acordos que sugerem que ele poderia estar ligado a uma rede mafiosa sediada em Roma e liderada pelo gângster neofascista Massimo Carminati.
La Stampa: Mafia Capitale, l’inchiesta arriva alla barca del Duce : C’è anche Fiamma Nera, la storica imbarcaz… https://t.co/Z58o8iaGCE
— Notizie Italiane (@Italia_Notizie) 1 fevereiro 2016
Supostamente, o empresário teria alugado uma propriedade a uma companhia de Salvatore Buzzi, braço direito de Carminati e um dos principais suspeitos na investigação "Máfia Capital".
O megajulgamento começou em novembro passado, após a promotoria italiana denunciar um esquema de corrupção envolvendo políticos e empresários de Roma que teriam se aliado a mafiosos para garantir contratos públicos extremamente lucrativos sobre praticamente todos os setores de responsabilidade da Prefeitura, desde a criação de centros de refugiados à coleta de lixo.
Roma, sequestrati dalla Finanza beni per 28 mln: c'è anche la barca di Mussolini… — https://t.co/EBb36NRlQH pic.twitter.com/vrj4ZRlL6G
— Piovegovernoladro (@Piovegovernolad) 1 fevereiro 2016
Originalmente batizado como Konigin II, o veleiro de Mussolini foi comprado em 1935 e dado de presente ao ditador italiano pelo general fascista Alessandro Parisi, que comandou a tropa de elite do exército italiano até sua morte, em 1938.
Em 1943, às vésperas da queda do regime fascista, o iate foi afundado pelo próprio Duce para evitar que caísse nas mãos dos alemães. Após a queda do regime nazista, o barco foi recuperado, restaurado e renomeado diversas vezes.