Netanyahu ordena punir deputados que consolavam famílias de palestinos mortos

© AP Photo / Ariel SchalitThe opening session of the Knesset
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O primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu apelou ao parlamento para punir deputados árabes que se encontravam com famílias de palestinos mortos por policiais ou militares durante ataques contra cidadãos israelenses.

Segundo os dados da mídia local, no quadro do encontro os três parlamentares do partido Lista Árabe Unida receberam dos parentes o pedido de contribuir para o retorno dos cadáveres dos palestinos mortos pelos serviços de segurança de Israel.

“Os deputados do Knesset [parlamento de Israel] que vão consolar as famílias de terroristas que matavam israelenses não merecem lugar no parlamento israelense. Eu pedir o porta-voz do Knesset para verificar quais medidas podem ser aplicadas contra eles”, disse Netanyahu.

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O porta-voz do parlamento Yuli-Yoel Edelstein manifestou que junto com o premiê irão apresentar “queixas pessoais” contra parlamentares árabes na comissão de ética do Knesset e manifestou esperança de que as ações dos três deputados sejam qualificadas pelo Supremo Tribunal como motivo suficiente para afastamento deles das eleições no futuro.

Lista Árabe Unida é uma aliança de três partidos da maior minoria etno-religiosa de Israel e neste momento é a terceira maior fração entre as dez no Knesset. A aliança está em oposição do atual governo de direita de Netanyahu. Uma parte dos seus deputados luta não só pela elevação do status de árabes na sociedade israelense, mas também defendem os direitos de palestinos que vivem nos territórios ocupados por Israel.

Os ataques palestinos quase diários contra israelenses já levaram as vidas de 31 pessoas e feriram mais de 300, segundo os dados do serviço de ambulância. Do lado palestino, segundo as estimativas da mídia, morreram pelo menos 154 pessoas, entre quais 109 foram mortos a tiros quando tentavam atacar cidadãos israelenses com uso de armas ligeiras ou brancas e com uso de tática de atropelamento intencional.

Uma onda de violência sacudiu Jerusalém e Cisjordânia nos últimos meses após confrontos em setembro entre a polícia israelense e palestinos no Monte do Templo, um lugar sagrado tanto para os judeus como para os muçulmanos, no meio das preocupações de palestinos de que Israel possa mudar o status quo do território do Monte do Templo.

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