Reunidos em Londres, representantes desses governos adiantaram que, do total, US$ 6 bilhões devem ser liberados ainda este ano. O montante ficou abaixo dos US$ 9 bilhões defendidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) para atender às necessidades básicas de cerca de 4,5 milhões de refugiados acolhidos pelos três países.
Embora comemorando o anúncio da ajuda, o diretor do Instituto de Refugiados Brasil, com sede em São Paulo, Marcelo Haydu, diz ser importante lembrar também a situação de milhares de outros sírios que não estão na condição de refugiados, mas sofrem as consequências da guerra no país.
“Há os deslocados internos, que não conseguem sair do país, saem de suas casas e vão para outros territórios que também se encontram em situação de extrema carência e vulnerabilidade social.”
Na avaliação do diretor do Instituto, mesmo em um país em guerra há regras que devem reger a entrega de ajuda humanitária em locais onde atuem instituições como a Cruz Vermelha, Médicos Sem Fronteira e outros. Segundo Haydu, muitas vezes a ajuda até chega, mas não consegue ser distribuída para quem necessita.
“Depois da legalização, cabe às ONGs tentar inserir o refugiado em uma nova vida, seja procurando para ele uma vaga de emprego, a possibilidade de receber aulas de português, de inseri-lo no sistema de saúde. O Governo brasileiro deve tomar para si a responsabilidade de facilitar esse processo.”