Fontes nas autoridades norte-americanas disseram ao The Wall Street Journal que os confrontos prejudicam as relações turco-americanas, já que os curdos sírios são um dos aliados principais no combate aos terroristas.
Segundo Ancara, as armas teriam acabado nas mãos do PKK [Partido de Trabalhadores do Curdistão] que ambos os países consideram como uma organização terrorista. Os EUA nunca encontraram evidências disso.
Após as reuniões com Joe Biden, as autoridades turcas disseram ao The Wall Street Journal que eles estavam preparados para bombardear os aliados dos EUA na Síria se o fluxo continuasse.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, até disse que os EUA devem escolher quem são os seus aliados. "Sou eu o vosso parceiro ou são os terroristas em Kobani?”, perguntou ele.
A disputa vem no momento em que os EUA, a Turquia, a Rússia e outras potências mundiais se preparam para se encontrar na quinta-feira (11) em Munique para tentar salvar as negociações de paz paralisadas sírias.
Depois de fazer com que o grupo curdo apoiado pelos EUA não tomasse parte nas conversações de Genebra na semana passada, Ancara insiste em que o YPG (sigla em curdo para Unidades de Proteção Popular) é um parceiro norte-americano indigno de confiança na luta contra o Daesh.
Segundo o correspondente da RIA Novosti, passados dois dias, os confrontos reiniciaram-se. Em toda a cidade de Diyarbakir, considerada a «capital» dos curdos turcos, ouvem-se disparos de tanques e de armas automáticas.