Segundo a agência de notícias AP, o ato começou na madrugada desta segunda-feira (8). Os taxistas bloqueavam duas das três faixas da rua em que está a Rodoviária central, tendo se formado uma multidão no local.
O protesto está se realizando cerca de dois meses depois do fracasso e falência de uma empresa conjunta composta por um grupo de taxistas e o governo municipal.
Em Praga, a tarifa máxima do táxi é de 28 coroas (1,16 dólares ou 4,48 reais) por quilômetro. Os taxistas reivindicam o seu direito a cobrar mais.
No entanto, a prefeita de Praga, Adriana Krnacova, afirma, segundo a AP, que os taxistas não têm nenhuma razão para protestar.
O principal argumento que os taxistas alegam na sua luta contra o Uber é que os carros e motoristas deste serviço se encontram isentos de muitos dos critérios que se aplicam aos táxis tradicionais.
Esta isenção, segundo os taxistas, leva à vantagem econômica do aplicativo sobre o táxi tradicional — que tem contribuições, procedimentos de controle e outros fatores que reduzem o rendimento final.
No Brasil, a disputa já levou à tensão entre os taxistas e o Uber. O aplicativo chegou a ser banido em São Paulo como "transporte clandestino" em julho de 2015 — sendo liberado em 2 de fevereiro do ano em curso.
Na semana passada, diversas fontes comunicaram casos de violência ou tentativa de violência entre os grupos. Uma reportagem da Folha de São Paulo contou o caso de um motorista do Uber que, ao chegar ao local de um pedido, topou com um grupo de taxistas que o agrediram e tentaram estragar o carro.
A situação mais tensa foi a de Paris do junho do ano passado, com uma manifestação de grande escala, pneus incendiados em plena capital e pronunciamento oficial do presidente François Hollande, que baniu o aplicativo e condenou os dois responsáveis regionais da empresa, cuja sede está nos Estados Unidos.
Contatado pela Sputnik Brasil, o jornalista Leonardo Veras disse que "só usou o Uber em Brasília e não teve problema nenhum". Confirmou, porém, que em São Paulo, "tem rolado agressões em grandes eventos".
Perguntado se daria preferência a um táxi ou a um carro do Uber, disse que "só usaria táxi numa situação de necessidade", por o Uber ser mais barato e por não concordar com a "forma como os taxistas estão reagindo à concorrência".
Já o estudante paulista Rodrigo confessou ficar "meio por fora", por não usar o Uber e pouco acompanhar a situação.
Ambos coincidiram, porém, que há relatos sobre violência.
No início da semana passada, o Departamento do Transporte de Moscou anunciava uma possível ação contra o Uber na justiça municipal e regional. Mas as autoridades recuaram dizendo que tal ação só poderia ser tramitada como último recurso — em caso de falta de vontade, da parte do Uber, de assinar o acordo que o obrigaria a transmitir as informações sobre os trajetos dos carros na capital ao Departamento.
"Estamos assinando o acordo com o Uber, [o acordo] já está assinado com o Get Taxi e Yandex", informou o Departamento através de uma nota.
O israelense Get Taxi e o russo Yandex são aplicativos parecidos ao Uber e bastante populares em Moscou.
Em 5 de fevereiro, a responsável do Uber para a Rússia anunciou a ampliação do serviço na Rússia, que irá abranger mais 10 cidades.