“A OTAN não assume um papel de combate”, disse Stoltenberg aos jornalistas em Bruxelas.
Segundo o secretário-geral, a organização pretende apoiar a coalizão antiterrorista concedendo aviões com radares de longo alcance. Ao mesmo tempo, afirmou que todos os países da OTAN fazem parte separadamente da coalizão.
Além disso, Stoltenberg afirmou que a OTAN não deseja uma nova confrontação com a Rússia. “Queremos evitar uma nova Guerra Fria, disse.
A Rússia, por sua parte, afirmou que espera que a OTAN perceba a necessidade de cooperar com a Rússia na luta contra o terrorismo.
“Contamos com que os nossos parceiros abram os olhos, especialmente, perante tais atrocidades bárbaras sem precedentes que são perpetradas pelo famigerado Estado Islâmico e outros grupos terroristas no Oriente Médio”, afirmou o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Oleg Syramolotov.
O grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e reconhecido como terrorista pelo Brasil) autoproclamou-se "califado mundial" em 29 de junho de 2014, tornando-se imediatamente uma ameaça explícita à comunidade internacional e sendo reconhecido como a ameaça principal por vários países e organismos internacionais. Porém, o grupo terrorista tem suas origens ainda em 1999, quando um jihadista de tendência salafita, o jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, fundou o grupo Jamaat al-Tawhid wal-Jihad. Depois da invasão norte-americana no Iraque em 2003, esta organização começou a fortalecer-se, até transformar-se, em 2006, no Estado Islâmico do Iraque. A ameaça representada por esta entidade foi reconhecida pelos serviços secretos dos EUA ainda naquela altura, mas reconhecida secretamente, e nada foi feito para contê-la. Como resultado, surgiu em 2013 o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que agora abrange territórios no Iraque e na Síria, mantendo a instabilidade e fomentando conflitos.