"Ao contrário daqueles que constantemente se limitam a exigir um cessar-fogo, incluindo nossos parceiros norte-americanos (…), nós [a Rússia] propusemos a Washington um esquema absolutamente concreto que eles [os norte-americanos] estão examinando”, disse o ministro das Relações Exteriores russo.
"Eles parecem estar aceitando que se recusar a cooperar é contraproducente. Mas ainda temos de alcançar resultados reais", observou o chanceler.
Segundo o ministro, a Rússia está recebendo pedidos de ajuda dos EUA para resolver os conflitos na Síria e na Ucrânia.
"Ninguém está nos ‘evitando’, nem quando se trata da Síria e da Ucrânia. Pelo contrário, a desesperança e tal retórica são acompanhadas por pedidos muito pragmáticos por nossa ajuda. Estamos prontos [para ajudar], mas vamos, é claro, ser guiados por princípios e acordos específicos sobre a paz na Ucrânia e na Síria", disse Lavrov.
No entanto, o chanceler russo ressaltou que a OTAN e uma série de países europeus continuam alimentando às raias da “histeria” o mito da ameaça russa.
"Os líderes da OTAN e uma série de países europeus, especialmente a Grã-Bretanha, os escandinavos, nossos vizinhos do Báltico, a Polônia, a Romênia e outros Estados, levam o mito sobre a ameaça russa ao nível da histeria", disse ele.
Além disso, Lavrov declarou ainda que Moscou está surpresa com o apoio incondicional que a Alemanha ofereceu à Turquia no que diz respeito à atuação do país na Síria.
"Quanto à Turquia, fomos surpreendidos pelo apoio incondicional a Ancara anunciado pela chanceler alemã, Angela Merkel, durante sua visita (à Turquia)", disse o ministro russo.
Segundo o chefe da dilpomacia russa, entretanto, a remoção dos curdos das negociações sobre a resolução da crise na Síria demonstra uma posição arrogante da Turquia que não é compartilhada por ninguém.
"O fato de que eles [os curdos] são removidos das conversações sírias é uma posição tão excepcionalmente arrogante da Turquia que ninguém compartilha", disse Lavrov.