Inteligência norte-americana considera Rússia e China como ameaças principais

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O diretor da Inteligência Nacional norte-americana, James Clapper, apresentou na terça-feira (10) um relatório sobre ameaças no mundo perante o Congresso dos EUA.

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Clapper declarou que a concorrência geopolítica com a Rússia e a China é inevitável porque estes países não concordam com a intervenção norte-americana nos assuntos dos países vizinhos.

Segundo o oficial norte-americano, “isso fará com que a concorrência geopolítica e a concorrência na área de segurança na periferia da Rússia e da China, inclusive corredores marítimos, seja permanente”.

Além disso, a Rússia ocupa uma posição cada vez mais segura no ciberespaço, o país está pronto a realizar espionagem. Segundo Clapper, é mais provável que a Rússia use os interesses norte-americanos como um alvo para completar algumas tarefas estratégicas, inclusive a acumulação de dados de inteligência a favor da resolução de crises na Ucrânia e Síria pela Rússia e a preparação do ciberespaço para crises do futuro.

O potencial da Rússia e da China no espaço também continua crescendo.

“Os militares russos demonstram publicamente o uso de reconhecimento de satélite, reconhecimento eletrônico e de fotografia em missões militares na Síria mostrando o nível mais sofisticado de uso da área militar”.

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Segundo Clapper, a ameaça aos sistemas militares, civis e comerciais d espaço crescerá dentro de alguns anos quando a Rússia e a China atingirem progresso na elaboração de sistemas de armas destinados a enfraquecer sistemas espaciais norte-americanos.

Entre as ameaças, o diretor da inteligência nacional norte-americana lista a modernização das Forças Armadas russas e o reforço da ”guerra informacional”, destinada, segundo ele, a desacreditar o Ocidente e opor-se às críticas do Ocidente.

Enquanto as capacidades de inteligência russa e chinesa são principais ameaças aos EUA, na opinião de Clapper, a inteligência do Irã e Cuba apresentará uma ameaça regional. Vale destacar que esta declaração foi feita no meio de aproximação entre Cuba e os EUA que reiniciaram o diálogo após mais de 50 anos de tensões e embargo norte-americano.

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