O papa decidiu antecipar seu voo para o México para conseguir fazer uma escala em Cuba, enquanto o patriarca ortodoxo, que já está na ilha, pretende fazer uma turnê de 11 dias por outros países da América Latina, incluindo o Brasil.
O líder da Igreja Católica será recebido pelo presidente cubano, Raul Castro, que mediou a organização da histórica reunião em seu país. O presidente cubano recebeu Kirill na quinta-feira (11), no aeroporto.
"Os povos da Rússia e de Cuba estão unidos por muitos anos de relações de cooperação e amizade", disse Kirill em um breve comentário aos jornalistas presentes na sua chegada. "E eu terei aqui uma oportunidade, conversando com as pessoas, de transmitir os bons votos do povo russo", acrescentou o patriarca.
Kirill planeja visitar a comunidade ortodoxa na ilha caribenha e, depois de se reunir oficialmente com o presidente cubano, visitará uma escola de crianças com deficiência e assistirá a um concerto de música, de acordo com uma nota do Ministério das Relações Exteriores de Cuba.
O patriarca não falou sobre o encontro com Francisco, que acontece hoje após quase 20 anos de intensas negociações e gestos de boa vontade, tais como a entrega, pelo Vaticano, de imagens sagradas para os russos.
A situação mundial de crises e conflitos tornou urgente a reunião dos líderes das duas Igrejas mais importantes do mundo cristão. Além disso, existe uma preocupação comum a respeito das comunidades cristãs no Oriente Médio e no norte e centro da África, alvos de perseguição e genocídio. Inclusive, este será um dos temas abordados no encontro.
"A Santa Sé e o Patriarcado de Moscou esperam que [o encontro]também seja um sinal de esperança para todas as pessoas de boa fé. Eles convidam todos os cristãos a orar fervorosamente para que Deus abençoe este encontro, que dê bons resultados", disse Raul Castro à imprensa local.