A BBG inclui a Voz da América e a Radio Free Europe/Radio Liberty.
“A explosão dos fluxos de informação durante o século 21 deu origem à exploração sofisticada dos meios de comunicação por regimes autoritários e entidades não-estatais. Enquanto a mídia livre é crucial para as transições democráticas, a sociedade civil e a governança, ela é também suscetível a abusos por parte de atores não-democráticos poderosos, incluindo a Rússia, o EI [grupo terrorista Daesh, autodenominado Estado Islâmico] e a China”, afirma o pedido de orçamento da BBG.
No ano passado, a BBG já havia comparado a mídia internacional da Rússia ao Daesh, destinando, entretanto, quase três vezes mais verbas para combater a “propaganda russa” (US$ 15,6 milhões) do que para conter a propaganda do grupo terrorista (US$6,1 milhões).
Em fevereiro de 2015, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, pediu ao Subcomitê de Apropriações da Câmara mais verba para combater aquilo que ele classificou como influência negativa da mídia russa.
"A Rússia, hoje, pode ser ouvida em inglês, mas temos um veículo equivalente que possa ser escutado em russo? É uma disputa cara. Eles estão gastando quantias enormes de dinheiro", disse Kerry, na ocasião.
Entretanto, apenas para fins de comparação, o orçamento de 2016 destinado à RT – um dos veículos mais atacados pela retórica ocidental a respeito da suposta agressividade da “propaganda russa” – foi de apenas 19 bilhões de rublos (aproximadamente, US$ 243 milhões), menos de um terço dos US$751,5 milhões requisitados pela BBG no mesmo ano.