Segundo Zakharova, se calhar, a Rússia precisava de ter falado sobre isso todo o tempo.
“<…> Partimos do princípio de que o nosso objetivo principal era o trabalho e não acusações públicas. Por isso, trabalhamos no formato de Viena, trabalhamos no formato bilateral com os nossos parceiros e convencíamo-los que não convinha agir de determinada maneira, que isso era uma posição errada”, afirmou Zakharova.
Na terça-feira (16), o Kremlin afirmou que a Rússia “lamenta a crise nas relações com a Turquia mesmo não tendo sido Moscou a iniciá-la”.
Em 24 de novembro de 2015, um bombardeiro russo Su-24 foi derrubado por um míssil ar-ar turco no espaço aéreo sírio. Os dois pilotos do avião conseguiram se ejetar antes de o avião cair. Um dos pilotos foi ferido quando descia de paraquedas e foi morto por islamistas. O copiloto foi resgatado e enviado para a base de Hmeymim.
Ancara declara que derrubou o avião russo porque ele violou o espaço aéreo turco, mas o Ministério da Defesa da Rússia sublinha que, durante todo o voo, o avião se manteve sempre sobre o território da Síria.
No fim de janeiro, os ministros da Defesa de Israel e Grécia também denunciaram o envolvimento direto da Turquia no comércio de petróleo ilegal do grupo terrorista Daesh (Estado Islâmico), confirmando as acusações da Rússia contra o governo de Erdogan nesse sentido. Os ministros disseram que, desde há bastante tempo, grande parte do petróleo comercializado pelo Daesh passa pela Turquia, que acaba financiando o terrorismo através dessas transações.