Ucrânia admite que não está pronta para ser membro pleno da OTAN

© Sputnik / Stringer / Acessar o banco de imagensSecretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, e o presidente ucraniano Pyotr Poroshenko
Secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, e o presidente ucraniano Pyotr Poroshenko - Sputnik Brasil
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A Ucrânia não está pronta para se tornar membro pleno da OTAN, mas trabalha ativamente para estar em conformidade com os critérios da Aliança, disse o chefe interino da missão da Ucrânia na OTAN, Egor Bozhok em uma entrevista à edição DefenseExpress.

“A Ucrânia ainda não está pronta para se tornar membro da OTAN no plano político-social… É preciso sublinhar que, mesmo que o país esteja tecnicamente pronto para a filiação na Aliança, a exigência decisiva é o nível do apoio público. E sobre isso, quando o tempo chegar, a Ucrânia perguntará ao seu povo”, disse. 

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Ao mesmo tempo, o representante da Ucrânia sublinhou que Kiev coopera ativamente com a Aliança para corresponder aos critérios da OTAN.

Em dezembro de 2014 a Suprema Rada (parlamento) da Ucrânia alterou duas leis abandonando o estatuto de não-alinhamento do país. A nova doutrina militar prevê a recuperação da linha de adesão à OTAN: A Ucrânia deve garantir até 2020 a plena correspondência das suas Forças Armadas às dos países membros da OTAN.

Reformas econômicas

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A outra área na qual as autoridades pós-Maidan prometeram mudanças foi o sistema econômico do país. Porém, os avanços neste campo também são duvidosos. Assim, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse em 10 de fevereiro que a entidade não poderá continuar o programa de concessão de créditos para a Ucrânia no caso de ausência de esforços significativos no que tange às reformas e luta contra a corrupção.

“Estou preocupada com o progresso lento que a Ucrânia mostra no melhoramento da administração pública, na luta contra corrupção e na diminuição da influência de determinados interesses particulares na política”, ressaltou.

A crise política eclodiu na Ucrânia em novembro de 2013, quando as autoridades do país anunciaram a intenção de suspender o seu processo de integração europeia. Os protestos que começaram em Kiev, apoiados pelo Ocidente, levaram a um golpe de Estado em 22 de fevereiro de 2014, forçando o então presidente Viktor Yanukovych a fugir do país.

Dois meses depois, Kiev lançou uma operação militar contra os independentistas no sudeste do país, que não reconheceram a nova liderança no poder central.

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