Ele deu uma caminhada contemplativa entre os pinguins na costa rochosa da ilha antes de realizar uma cerimônia especial para os cientistas reunidos na Igreja Trinity, tornando-se assim o primeiro chefe da Igreja Ortodoxa a pregar no local, sendo também o primeiro a por os pés sobre o continente gelado.
Russian Patriarch Kirill met an Antarctic penguin today. pic.twitter.com/VLPu0uutXp
— Maria Antonova (@mashant) 18 fevereiro 2016
Construída com pinheiros siberianos nas montanhas de Altai, na Rússia, a igreja foi desmontada e remontada em Bellingshausen em 2004, e hoje é conhecida por ser a igreja ortodoxa mais meridional do planeta.
Kirill elogiou o trabalho científico da expedição polar russa em Bellingshausen e, de acordo com o canal Rossiya-24, dedicou o ofício religioso aos que morreram "nestas paragens distantes” e aos “que trabalham em condições difíceis".
Following on healing 1000y schism with the Pope, #Patriarch Kirill visits Russian Orthodox Church in #Antarctica pic.twitter.com/KdlHUa7yC2
— Mark Sleboda (@MarkSleboda1) 18 fevereiro 2016
Além disso, o patriarca ressaltou que, na Antártida, independentemente de seus países de origem, todos compõem uma mesma família "ao estender a mão para ajudarem-se e compartilhar os recursos", de modo que os cientistas e expedicionários ali presentes representariam “um modelo ideal para a humanidade”.
Patriarch meets penguins: Russian Orthodox Church leader visits Antarctica https://t.co/5GdWgmzUKY pic.twitter.com/ZiHuHhwTnq
— RT (@RT_com) 18 fevereiro 2016
“É o único continente onde não há armas nem atividade militar, e não se conduzem investigações científicas para criar novos meios de destruição das pessoas”, disse Kirill.
Convidado pela expedição russa, o patriarca viajou para a Antártida através do Chile e do Paraguai, onde cumpriu uma visita de dois dias como parte de sua turnê pela América Latina, que começou em Cuba e terminará no Brasil no próximo domingo (21).
Fundada em 22 de fevereiro de 1968 pela então União Soviética, a estação de Bellingshausen tem o nome de um dos descobridores da Antártida, um oficial da Marinha do Império Russo que, junto com o explorador russo Mikhail Lazarev, foi o primeiro a por os olhos sobre o continente, em 1820.