De acordo com Vold, cujas conclusões a Prensa Latina compartilhou no seu site, a Agência de Desenvolvimento dos EUA (USAID) transferiu mais de 4 milhões de dólares aos separatistas da região de Media Luna (Meia-Lua, região boliviana fronteiriça com o Brasil).
Vold disse que os planos dos separatistas incluíam explosão de gasodutos nacionais, o que iria forçar o governo a aceitar a separação.
Por sua parte, Washington cogitava até a morte violenta do presidente Evo Morales, algo que ele sabia e guardava em secreto para não reduzir o espírito do seu governo, disse o pesquisador.
Entre os documentos pesquisados, há um que conta sobre o jornalista Carlos Valverde, que em 2007 teria contatado a embaixada dos Estados Unidos na Bolívia advertindo sobre uma tentativa de "golpe autoritário" alegadamente preparado por Morales, com dissolução do parlamento.
Eirik Vold diz que há mais de 14.000 documentos no WikiLeaks em que o nome do presidente boliviano é mencionado. Para o pesquisador, isso significa que o país latino-americano é importante para os EUA — provavelmente por causa dos hidrocarbonetos e outros recursos naturais.
Segundo a Prensa Latina, Eirik Vold teve um encontro com representantes do Ministério da Comunicação do Estado Plurinacional de Bolívia.
Mais cedo neste ano, as autoridades da Bolívia tinham denunciado um "plano estratégico para a Bolívia" elaborado pelo Instituto Interamericano para a Democracia (IID). A própria instituição desmentiu ter preparado este documento.
No próximo domingo, dia 21 de fevereiro, Bolívia celebra um referendo que pode permitir mais mandatos seguidos para o presidente do Estado Plurinacional. Uma resposta positiva partilhada da maioria da população iria prolongar a presidência de Evo Morales para 2025.