Segundo a informação obtida pela Sputnik de Tackir Kobani, um dos representantes das Forças Democráticas da Síria, que também incluem as Unidades de Proteção Popular (YPG), neste momento na cidade estão em curso os trabalhos de reconstrução e está sendo efetuada a busca de terroristas que possam se esconder na área rural perto da cidade. Ele também informou que, no quadro da operação, as tropas curdas capturaram 17 militantes do Daesh.
Uma vez que a rodovia entre Azaz e Idlib, centro das atividades dos grupos jihadistas na Síria, é controlada pelo Exército sírio, os militantes saem de Idlib em direção ao território da Turquia e, de lá, em transportes especiais, sob controlo da inteligência turca, através do posto fronteiriço de Oncupinar, em Kilis, são levados para Azaz. Os jihadistas e as armas são transportados em vans fechadas, geralmente usadas para a entrega de ajuda humanitária. Relata-se que, desta forma, na última semana, 1.200 militantes e cerca de 30 toneladas de munições foram enviados de Idlib para Azaz.
O representante do comando das forças curdas YPG no cantão de Afrin, Firat Xelil, confirmou à Sputnik as informações sobre o apoio, em homens e armas, que a Turquia presta aos grupos jihadistas.
"Ontem, por volta das 15 horas, a partir da Turquia foram enviadas quatro vans, através do posto fronteiriço de Oncupinar, com armas e 300 combatentes, que haviam sido treinados na Turquia" — disse Xelil.
Não há uma frente unida de combate contra o Daesh: contra o grupo lutam as forças governamentais da Síria (com apoio da aviação russa) e do Iraque, a coalizão internacional liderada pelos EUA (limitando-se a ataques aéreos), assim como milícias xiitas libanesas e iraquianas. Uma das forças mais eficazes que combatem o Daesh são as milícias curdas, tanto no Curdistão iraquiano, como no Curdistão sírio.