“Infelizmente, como resultado do ataque contra as posições do Estado Islâmico [Daesh] na Líbia, dois deles [diplomatas sequestrados] perderam as suas vidas”, disse Dacic na coletiva de imprensa citado pela agência France-Presse.
Dacic declarou que a identificação das vítimas será efetuada em breve. Eles provavelmente haviam sido sequestrados em 28 de novembro de 2015.
O chanceler informou que a Sérvia exigirá explicações por parte dos EUA e das autoridades líbias. A Sérvia não foi avisada sobre os bombardeamentos planejados.
Segundo o ministro do Exterior sérvio, os dados sobre a localização dos diplomatas sérvios foram obtidos inclusive em cooperação com os serviços secretos dos EUA e, por isso, surge a pergunta se foi uma falta de compreensão, ou seja, um “erro de comunicação”.
Dacic manifestou que os sequestradores pediram um resgate, os serviços secretos sérvios sabiam disso e havia sinais de que a questão dos diplomatas sequestrados podia ser resolvida com sucesso.
“Se não tivesse havido os bombardeios, tudo acabaria de outra forma. Os raptores não pretendiam matar os reféns, eles se orientavam por interesses financeiros”, explicou.
A Líbia permanece sem governo de fato desde finais de 2011, quando, em outubro desse ano, o coronel Muammar Kadhafi, líder da Jamahiriya (nome árabe que significa "República"), foi morto pelas forças rebeldes, apoiadas por uma coalizão internacional que agia com o patrocínio da OTAN. A guerra civil líbia foi um dos resultados da série de "primaveras árabes" de 2011. A partir daquele momento, várias tentativas têm sido feitas para regularizar a situação política e social no país; mas a Líbia ficou dividida entre uma série de fações militares. Em 2014 e 2015, grupos armados realizaram vários atentados que dedicaram ao Daesh.