O premiê da República Tcheca, Bohuslav Sobotka, chamou o acordo de um "compromisso aceitável."
O novo acordo inclui:
• uma "interrupção de emergência" em benefícios sociais concedidos a trabalhores imigrantes que pode ser aplicada por sete anos — Cameron queria que tal medida pudesse ser aplicada por 13 anos; esta limitação será aplicada a determinada pessoa por não mais de quatro anos;
• a dispensa do Reino Unido quanto à contínua integração política e elementos de um acordo para garantir o tratamento equitativo de disposições financeiras e econômicas entre os Estados da zona de euro e aqueles fora desta;
• um sistema de indexação à escala da UE para os pagamentos de abonos de família para os trabalhadores cujos filhos vivem em outro Estado da UE;
• o direito ao Reino Unido de supervisionar as instituições e mercados financeiros para preservar a estabilidade.
Os líderes encontraram-se em Bruxelas para debater a crise migratória que continua na Europa e os seus efeitos sobre a União Europeia.
O premiê britânico James Cameron ameaçou sair da UE caso as condições exigidas pelos eurocéticos do seu país não fossem cumpridas.
O grupo de Visegrád (V4), que inclui República Tcheca, Hungria, Eslováquia e Polônia mostrou forte oposição às condições apresentadas pelo Reino Unido.
“Amanhã vou apresentar o acordo ao gabinete e na segunda-feira discursarei no Parlamento”, declarou Cameron nesta sexta-feira aos jornalistas.
Além disso, o premiê acrescentou que, antes, anunciará a data do referendo sobre o chamado Brexit (saída do Reino Unido da UE).
O político britânico sublinhou especialmente que o acordo não descarta a possibilidade de realização de reformas futuras.
"A UE não é perfeita. Existe a necessidade de reformas contínuas e futuras. Mas o Reino Unido é um lugar perfeito para fazer isso a partir de dentro. O nosso plano para a Europa nos oferece o melhor de ambos os mundos. Isso sublinha o nosso estatuto especial, por meio do qual nós vamos ter partes da Europa que funcionam para nós… mas nós vamos ficar fora das partes da Europa que não funcionam para nós", disse.
Agora que um acordo foi alcançado, Cameron prometeu fazer campanha para explicar a necessidade do seu país continuar a fazer parte da União Europeia.
Mesmo assim, o acordo permite o Reino Unido continuar fora da ideia de uma "união cada vez mais estreita", quer dizer, da zona do euro.