Em 18 de fevereiro (quinta-feira), Squeff recebeu uma mensagem do vice-chanceler da Argentina, Carlos Foradori. Ele disse, segundo o jornal Clarín, o seguinte: "Atendendo a necessidade de poder contar o mais breve possível com os chefes da missão designados em funções nas suas respectivas sedes, solicita-se aos atuais funcionários que acelerem os trâmites relativos à sua mudança, a fim de levá-los a cabo com a maior brevidade".
Por sua parte, Squeff insiste que tem 45 dias para voltar à Argentina. E pretende cumprir este prazo completamente. Para o jornal argentino, trata-se de uma "trincheira" criada pela diplomata.
Segundo o Clarín, vários empregados da embaixada pediram à chancelera, Susana Malcorra, e ao Ministério das Relações Exteriores "uma auditoria na embaixada argentina em Paris, no consulado e na residências'. A publicação alega que a causa é a política de implantação do kirchnerismo através de "discriminação", ao aumentar o salário a cerca de metade dos empregados e manter o dos restantes.
Esta batalha diplomática interna, mas com extensão internacional, começou em finais do ano passado, após a eleição do presidente Mauricio Macri e a troca do governo.
El gobierno ordenó el traslado al país de la santafesina María del Carmen Squeff quien era embajadora ante el gobierno de Francia.
— mario daniel cáffaro (@mariodanielcffa) 29 января 2016
Em janeiro, a Argentina comemorou um ano da morte do fiscal Alberto Nisman, morto em condições não esclarecidas horas antes de apresentar uma denúncia contra o governo kirchnerista.
O presidente francês, François Hollande, já tentou visitar a Argentina três vezes. A última tentativa fracassou por causa da morte de Nisman.