Cerca de 64,7% dos eleitores votaram contra as emendas constitucionais que permitiriam ao presidente ser reeleito. A favor votaram 35,3%.
Assim, mais um país saiu do rumo da esquerda, depois da Argentina, Uruguai e Venezuela. No entanto, Evo Morales difere dos ex-líderes destes países porque tem ainda um apoio considerável do seu povo: nas eleições de 2014 ele venceu convincentemente no primeiro turno, ganhando 61% dos votos.
Agora o presidente tem duas opções: assumir a derrota e aceitar a vontade do povo ou cancelar os resultados sob qualquer pretexto. Tendo em conta o interesse da Bolívia na participação europeia da exploração das jazidas de gás, a variante do cancelamento dos resultados é pouco provável.
Dois dias atrás, os líderes da empresa espanhola Repsol e boliviana YPFB anunciaram a existência de duas novas jazidas de gás na Bolívia, o que faz aumentar as reservas de gás do país em 40%.