Gregos oferecem à Rússia porto alternativo à passagem pelos estreitos da Turquia

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Bandeira turca no Estreito de Bósforo - Sputnik Brasil
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Os membros da Câmara de Comércio e Indústria de Evros, na Grécia, estão interessados em promover laços comerciais com Moscou e poderiam oferecer a cidade portuária da região como uma rota alternativa para a carga russa contornar os Estreitos turcos de Bósforo e Dardanelos.

​"Podemos trabalhar juntos em diferentes áreas, tendo em conta que a cidade é lar de um dos maiores portos que permite contornar Bósforo e Dardanelos", disse à Sputnik o prefeito de Alexandrópolis (capital da unidade regional de Evros), Evangelos Lambakis. 

No domingo (21), os membros da delegação grega assinaram um acordo de cooperação com a Administração de Simferopol (Crimeia).

O professor de Economia Valentin Katasonov, consultado pela RT, disse que a iniciativa poderia produzir uma parceria maior, já que a Turquia danificou seriamente suas relações com Moscou após derrubar um bombardeiro russo no espaço aéreo sírio, em novembro do ano passado.

"Nós de fato precisamos de acesso ao Mar Mediterrâneo evitando Bósforo e Dardanelos. Há uma outra alternativa – um canal através do Irã. Este projeto, concebido pela primeira vez cerca de um século atrás, agora também está na agenda", disse ele à RT.

​Embora a oferta da Grécia possa ajudar a Rússia a reforçar a segurança de seus carregamentos, nem todos os riscos seriam eliminados.

"Nem todos os países de trânsito são amigáveis em relação à Rússia. É preciso levar em conta os riscos que o nosso transporte terrestre poderia enfrentar. Carregamentos por terra não requerem um investimento maciço, então esta é uma opção viável", acrescentou o especialista.

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Se Evros der prosseguimento à iniciativa, a OTAN e o Ocidente não ficarão felizes com a mudança, de acordo com Katasonov.  No entanto, o professor opina que "não há alternativa para a Grécia. No verão passado, o governo grego assinou acordos de três anos com o FMI e a União Europeia, mas a situação vai esquentar em meados de 2016. As questões que foram discutidas em 2015, como o Grexit [saída da Grécia da EU], vão ressurgir", explicou.

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