Ao convocar os ministros das Relações Exteriores de Albânia, Bósnia, Bulgária, Croácia, Macedônia, Montenegro, Eslovênia, Kosovo e Sérvia para a sua conferência, a Áustria alegou ter como objetivo encontrar uma solução para os atuais desafios migratórios, com discussões focadas na segurança interna, gestão das fronteiras, extremismo e política externa. O encontro, no entanto, tem como origem um pedido feito pelo grupo de Visegrad (V4), formado por Hungria, Polônia, República Tcheca e Eslováquia, junto com Bulgária e Macedônia, para fechar as fronteiras da Grécia e interromper o fluxo de imigrantes, deixando o território grego de fora do espaço Schengen.
Áustria oferece soldados para controle de fronteiras à Macedônia https://t.co/gFHqT8r5Oc pic.twitter.com/jHTuVcUumE
— DefesaNet (@DefesaNet) 24 de fevereiro de 2016
Nenhum representante da Alemanha, da Grécia ou da União Europeia foi convidado para participar da reunião em Viena, o que irritou as autoridades alemãs, para as quais esse evento poderá resultar na criação de uma nova zona de livre circulação de pessoas, alternativa ao Acordo de Schengen.
Segundo o ministro da Imigração da Grécia, Yiannis Mouzalas, a ideia de se fechar a rota dos Bálcãs para milhares de pessoas que tentam fugir da guerra ou da perseguição em seus países é totalmente antieuropeia.
"Isso fere a Europa e irá sobrecarregar o nosso país com algo que ele não merece. A rota balcânica era um corredor humanitário. Ela poderia ser fechada após consultas, mas não virando um país contra o outro", declarou Mouzalas.
#Austria warns #Germany to send a clear message on the #migration crisis - https://t.co/tD9tZ6dWLi
— EUobserver (@euobs) 24 de fevereiro de 2016
Já o chanceler austríaco, Werner Faymann, acusou Berlim de conduzir uma política migratória contraditória, enquanto o seu ministro do Exterior, Sebastian Kurz, disse que o seu país aceitou no ano passado duas vezes mais pedidos de asilo per capita do que a Alemanha, algo que, de acordo com ele, não irá se repetir em 2016.