A convocação de uma greve geral de 24 horas e de manifestações foi feita pela Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE) e atendida em Buenos Aires, onde cerca de 50 mil pessoas chegaram a fechar importantes vias do centro, como as Avenidas 9 de Julio, Corrientes e Belgrano, segundo os organizadores.
O secretário-geral da ATE, Hugo Godoy, calcula que desde a posse do novo Governo mais de 20 mil argentinos perderam seus empregos, metade no serviço público. Os protestos, segundo ele, pedem o aumento imediato de salários, para fazer face aos aumentos de até 300% nas tarifas de gás e energia elétrica e aos aumentos de até 40% nos preços dos aluguéis.
As manifestações desta quarta-feira não registraram incidentes com a polícia, e contaram também com a participação de diversas organizações de defesa dos direitos humanos e sociais. Segundo os organizadores, praticamente todos os setores da economia estão sendo atingidos pelas demissões, em especial a construção civil, a metalurgia, os laboratórios farmacêuticos, o comércio, os frigoríficos, a mineração, a indústria têxtil e o setor de serviços.
Ainda segundo “El País”, os dados revelam a demissão de 26.676 funcionários públicos, sendo 16.697 municipais, 7.109 do Estado nacional e 2.870 das províncias.