A informação foi prestada à Sputnik por um representante do Departamento de Estado em resposta à pergunta de se os EUA teriam de fato, como recentemente fora noticiado, sugerido que os bancos norte-americanos deixassem de comprar títulos russos.
"Nós continuamos a indicar claramente em diálogo com as empresas norte-americanas que, na nossa opinião, a retomada de negócios com a Rússia em caráter normal traz riscos, tanto econômicos, como de reputação" — disse o porta-voz da entidade.
Nas suas palavras, isso faz parte da estratégia geral dos EUA com relação à Rússia, que inclui “sanções, medidas restritivas e redução da comunicação diplomática”. Segundo ele, essas medidas são voltadas para convencer a Rússia a cumprir os acordos de Minsk sobre a Ucrânia e abrir mão da Crimeia.
“Além da apreciação jurídica que as empresas precisam realizar para ter a certeza de não estar violando sanções dos EUA relativas à situação na Ucrânia, é importante também que as empresas privadas dos EUA, da União Europeia e de todo o mundo compreendam que a Rússia continua sendo um mercado de alto risco, enquanto a mesma prosseguir com as suas ações de desestabilização na Ucrânia” – concluiu o representante do Departamento de Estado dos EUA.
Mais cedo, um representante da administração norte-americana havia informado ao Wall Street Journal que os EUA estão trabalhando junto aos maiores bancos dos EUA para convencê-los a não comprar títulos russos.
Desde meados de abril de 2014, a Ucrânia realiza uma operação militar contra as forças independentistas do leste do país. Estas não reconhecem a legitimidade das novas autoridades ucranianas que chegaram ao poder após um golpe de Estado em Kiev. Os Acordos de Minsk, assinados pelo “quarteto da Normandia” (Alemanha, Rússia, França e Ucrânia) em 12 de fevereiro de 2015, preveem a retirada de tropas e o cessar-fogo completo, mas os representantes de Donetsk e Lugansk têm repetidamente declarado que Kiev viola os acordos.