A base de Sigonella, aeroporto de Pantelleria e a base de vigilância eletrônica Muos em Niscemi – estes são os traços da presença militar dos americanos na ilha e pode-se pensar que a Sicília é um laboratório de guerra.
A Sputnik falou com o especialista militar italiano Antonio Mazzeo para que a situação se torne mais clara:
“Até os drones não armados do tipo Global Hawk que já estão instalados em Sigonella por dois anos, tem uma função defensiva, a sua tarefa é monitoramento e busca de objetos e alvos para os bombardeiros com complexos de mísseis e transferência de ordens para atacar. Mesmo que não portem mísseis, são arma de ataque, destruição e primeiro golpe… Drones de ataque permanentemente decolam de Sigonella desde a primavera de 2011 quando os americanos foram autorizados a instalar ali algumas subdivisões para operação na Líbia”.
O especialista revelou uns detalhes interessantes sobre o assunto:
“Vários anos atrás os EUA têm publicado um dossiê preparado para o Parlamento da Itália pelo Centro Italiano de Estudos Estratégicos [Centro Studi Strategici Italiani] onde foi mencionado um acordo bilateral entre os EUA e a Itália assinado em janeiro de 2013, o que foi nunca negado mais tarde. Ele [o dossiê] previa a instalação na base em Sigonella de até seis drones americanos Predator para serem usados não só na Líbia, mas também em todo o teatro militar africano: Nigéria, Mali, Corno de África, onde swe realizam ataques por muitos anos. Quer dizer, não é nada de novo. Sigonella já por muito tempo é um trampolim para ataques, destruição e morte”.
Mas o pior, lamenta Mazzeo, é que nunca foi discussão aberta e justa no poder
“A Itália nunca realizou a investigação parlamentar, os cidadãos foram privados do direito para informação e não sabem o que acontece no território da Itália”, disse.