Grande confusão: Pentágono e chancelaria divergem sobre o que é a Rússia

© AFP 2023 / MANDEL NGANPresidente norte-americano Barack Obama discursa entre o Secretário de Estado John Kerry e o Secretário de Defesa Ashton Carter, depois da reunião do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Washington, EUA, 25 de fevereiro de 2016
Presidente norte-americano Barack Obama discursa entre o Secretário de Estado John Kerry e o Secretário de Defesa Ashton Carter, depois da reunião do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Washington, EUA, 25 de fevereiro de 2016 - Sputnik Brasil
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Em meio dos contatos russo-americanos relacionados ao cessar-fogo na Síria os dois departamentos que desempenham o papel importante na política externa dos EUA, o Departamento de Estado e o Pentágono, não conseguem chegar ao acordo se a Rússia é um parceiro ou inimigo.

Na quinta-feira (25), o Secretário de Estado norte-americano, John Kerry, discursou perante o Congresso do país e em resposta à pergunta se a Rússia é uma ameaça maior que extremismo islâmico para os EUA, afirmou que a ameaça principal hoje é extremismo violento, extremismo religioso e violência, informou o portal de notícias RT.

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Ao mesmo tempo, desde setembro de 2014 quando o presidente norte-americano Barack Obama disse que a Rússia é a maior ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos que o Daesh, Washington repetidamente descreveu Moscou como a ameaça principal aos seus interesses.

O Secretário de Estado tentou convencer os legisladores de que a Rússia coopera com Washington e desempenhou um papel muito importante na assinatura do acordo de cessar-fogo na Síria. Ao mesmo tempo, no andar mais baixo do mesmo edifício o general norte-americano Philip M. Breedlove disse ao Comitê para Serviços Armados:

“A Rússia optou por ser um inimigo e apresentar uma ameaça de longo prazo existencial”.

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Segundo o RT, o Departamento de Estado aspira receber 50 bilhões de dólares para cooperar com a Rússia na luta contra o Daesh, o Pentágono quer obter 582,7 bilhões de dólares para conter a Rússia e a China.

Além disso, depois de a Rússia e os EUA terem chegado ao acordo sobre a trégua na Síria, o representante do Pentágono, Peter Cook, afirmou que não sabe sobre quaisquer comunicações entre a Rússia e os EUA no âmbito de centro de coordenação para reconciliação na Síria criado para implementar o acordo.

A declaração provocatória mais recente foi feita na quinta-feira (25) pelo o presidente do Comitê Conjunto de Chefes de Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, general Joseph Dunford, que disse que caso ocorra um conflito com a OTAN, a Rússia verá toda a potência da aliança, inclusive das forças dos Estados Unidos.

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