Apesar de algumas divergências e casos de violação do cessar-fogo, em geral, todas as partes reconhecem que o cessar-fogo tem sido respeitado.
A primeira coisa que atrai a atenção na base aérea russa de Hmeymim na Síria é o silêncio não habitual, destaca a agência noticiosa russa RIA Novosti. Pela primeira vez em seis meses, não há roncos de motores de aviões. Os aviões estão cobertos e permanecem no ponto de estacionamento. O 27 de fevereiro se tornou o primeiro dia “livre” para os pilotos e todos os funcionários da base desde o início da operação.
Um dos pilotos disse que a base aérea russa passa por “uma pausa diplomática”. Segundo ele, parte de aviões estão passando testes de diagnóstico mas, no entanto, o grupo aéreo russo está a espera.
“Se for necessário, estamos prestes a voar para uma missão em minutos”, disse o piloto russo.
Ainda antes de o cessar-fogo ter entrado em vigor, a Força Aérea síria começou a lançar folhetos com números telefônicos com ajuda dos quais os cidadãos sírios podem ligar ao Centro de Coordenação para a Reconciliação na Síria e fazer o pedido de respeitar a trégua.
Os próprios cidadãos sírios estão otimistas em relação à hipótese de reconciliação entre o governo e grupos armados da oposição. Estão seguros de que é uma oportunidade de pôr fim aos combates sangrentos no país.
Ao mesmo tempo, os militantes que não são abrangidos pelo cessar-fogo podem levar a cabo algumas provocações. Em Latakia, onde está a base do grupo aéreo russo, não houve nenhum caso, mas nos arredores de Damasco a luta continua.
Apesar de tudo isso, todo o país está à espera de paz. Os bairros das cidades voltam à vida. Crianças passeiam pelas ruas sem adultos. Muitas lojas reabrem.
Assim, o acordo de cessar-fogo de duas semanas se tornou uma chance para todas as partes de provar a sua vontade de iniciar o diálogo político.