Vários produtores americanos começaram a diminuir a extração de gás e petróleo pela primeira vez em muitos anos em meio da crise de excesso de produção no mercado mundial e dos preços baixos, informou a publicação The Wall Street Journal (WSJ).
Em particular, as empresas Devon Energy e Marathon Oil Corp. reportaram uma diminuição da produção em 10% em 2016 em comparação com o ano passado. A EOG Resources Inc. planeja produzir no ano corrente 5% menos do que em 2015.
A Continental Petroleum Corp. planeja perfurar vários novos poços, mas não vai explorá-los em 2016.
"Nós não queremos adicionar algo de novo no ambiente atual até virmos que há restabelecimento," cita a publicação o comunicado da empresa.
Além disso, a mídia nota que os planos de diminuir a produção mostram uma diferença notável em comparação com o ano passado, quando os produtores de combustíveis continuaram extraindo petróleo mesmo com preços inferiores a 30 dólares por barril.
Tudo isso acontece no fundo da recente decisão da Rússia e da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), já apoiada por vários países, sobre o congelamento dos volumes de produção de petróleo no nível de 11 de janeiro de 2016. Segundo dados da OPEP, nos finais de dezembro a produção de petróleo na Rússia atingiu um novo recorde da época pós-soviética – 10,91 milhões de barris por dia, 5,3 milhões dos quais são vendidos diariamente no mercado internacional.
A decisão foi tomada tendo em conta o excesso de oferta de petróleo no mercado que, de acordo com a OPEP, em 2015 constituiu cerca de 2 milhões de barris por dia.