Respondendo à pergunta sobre se o preço começa a subir, Worthington disse: ”Sim, eventualmente… [Isso] pode acontecer muito em breve”.
“Há muitas atividades geopolíticas que podem interferir em mercados. Em uma série de países pode surgir uma instabilidade que reduzirá a sua produção”, explicou.
Muitos países produtores de petróleo passam pelo período de choques relacionados à Síria e ao Iraque e o avanço do grupo terrorista Daesh.
“Posso dizer que se examinarmos a história veremos um ciclo constante que é preços de gás e petróleo na Montanha-russa”, disse Worthington.
“Tais esforços nem sempre foram eficientes no passado. Penso que um dos maiores assuntos no momento atual é que o acordo potencial não tem impacto sobre o processo de levantar sanções [contra o Irã]”, disse Worthington na quinta-feira (25).
Em 14 de julho, 2015, Teerã e um grupo de seis negociadores internacionais assinaram o acordo final sobre o programa nuclear iraniano em troca da suspensão das sanções.
As sanções foram levantadas em 16 de janeiro, por parte tanto dos EUA como da União Europeia. A mudança veio em um altura em que há excesso de oferta no mercado mundial de petróleo, com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) recusando-se a reduzir a sua produção diária.
Segundo as previsões, a implementação do acordo iraniano virá adicionar pelo menos 500 mil barris por dia ao mercado de petróleo. Para Teerã, aumentar a produção deste combustível é uma forma de compensar as perdas financeiras que o país sofreu quando estava sob as sanções.