Cristina Kirchner não assistiu à cerimônia de posse do seu sucessor, Mauricio Macri, na Casa Rosada de Buenos Aires, em dezembro de 2015. Logo depois de cessar o cargo (quase à revelia), a ex-presidente viajou para a província de Santa Cruz (onde foi deputada no início da sua carreira política). Segundo o jornal Clarín, "alternava o seu descanso entre [as cidades de] Río Gallegos e El Calafate".
A mídia argentina avalia o lapso entre dezembro e março como um "sumiço" da ex-presidente. Portanto, o sumiço chega ao seu fim agora, com o anúncio de um estabalecimento chamado Instituto Patria, que patrocinará também uma agência de notícias.
O cineasta Tristán Bauer será o gerente da agência de notícias. Depois da eleição de Macri em 2015, Bauer, diretor do Sistema Nacional de Meios Públicos desde 2008 e presidente da RTA (Rádio e Televisão Argentina, sociedade estatal) desde 2013, foi convidado para denunciar do seu cargo, mas não quis. O governo Macri quer colocar na administração da RTA o engenheiro e empresário Hernán Lombardi, mas, de acordo com a lei, a posse de Lombardi só poderia ser em 2017 — para evitar o "solape" de dois anos, conform a lei 26.522.
O Instituto Patria terá a sua sede no centro de Buenos Aires, perto da praça do Congresso. O estabelecimento empregará também o ex-secretário de Inteligência, Oscar Parrilli, e o ex-candidato à vice-presidência, Carlos Zannini.
Além disso, a ex-ministra da Cultura, Teresa Parodi, irá coordenar a agenda cultural do Instituto — que abre as suas atividades em março.