Os membros do parlamento neerlandês realizaram um debate sobre a investigação corrente da catástrofe do avião de Malaysia Airlines MH17 no leste da Ucrânia, em julho de 2014.
A discussão se focou na consideração dos dados de radares e satélites que o secretário de Estado americano, John Kerry, declarou que o seu país tinha e que alegadamente apresenta evidências claras.
“Nós escolhemos as imagens deste lançamento, Nós sabemos a trajetória. Nós sabemos de onde este [avião] veio. Nós sabemos o momento e este foi exatamente o tempo em que o avião desapareceu do radar”, declarou Kerry em uma entrevista de julho de 2014.
Primeira pergunta. Porque os Estados Unidos não entregaram esta informação aos investigadores holandeses?
Os membros do Parlamento da Holanda e os membros do Conselho da Segurança da Holanda insistiram nunca ter visto os dados descritos por Kerry como as “provas irrefutáveis”.
Segunda pergunta. Porque a investigação leva tanto tempo?
Os parlamentários também se mostraram insatisfeitos com o fato que a investigação leva tempo demasiado bem como com as tentativas óbvias de não informar a pública sobre os resultados ou pelo menos do progresso da investigação.
Terceira pergunta. Porque os documentos-chaves relacionados com a investigação não foram tornados acessíveis aos parlamentários neerlandeses?
A razão provável para isso é que caso os documentos foram tornados públicos, eles poderiam comprometer o método usando o qual o serviço de inteligência coletou os dados.
Se os EUA têm um radar segredo baseado no terreno da Ucrânia ou satélites com capacidades desconhecidos, eles não estão interessados em divulgar suas habilidades de coleta de dados para o público.
Quarta pergunta. O que está sendo feito para prevenir tais tragédias de repetir-se?
Quando perguntado por representantes do Partido da Liberdade da extrema-direita holandês se tais incidentes poderiam ser excluídos no futuro, o primeiro-ministro Mark Rutte disse que tais garantias simplesmente não existiram.
Durante um dos briefings diários realizados em Washington o representante do Departamento de Estado Mark Toner disse:
“Eu creio que nós colaboramos com os holandeses na investigação deles. Até qual nível de detalhas eu simplesmente não sei”.
E quando a correspondente da RT tentou especificar a informação e perguntou se os americanos partilharam da informação vital de radares com os investigadores, Toner disse:
“Eu sei que nós colaboramos com eles; eu simplesmente não sei até qual nível nós partilhamos da informação com eles. Eu vou ter que investigar o assunto.”