Skopje, capital da Macedônia, um pequeno país balcânico, foi sacudida por um escândalo religioso. As autoridades locais tinham planejado a construção de uma cruz ortodoxa de 55 metros no bairro de Butel. Porém, os albaneses locais (que na sua maioria são muçulmanos, ao contrário dos macedônios que costumam professar o cristianismo ortodoxo) liderados pelo presidente da administração local do bairro de Cair, Izet Medziti, organizaram uma ação de protesto, destruíram o canteiro de obras, instalaram barracas e bandeiras albanesas (e não macedônicas).
Medziti manifestou que Skopje deve ser parecida com Bruxelas e não Beirute.
“A Macedônia deve ser um Estado laico e multinacional, os minaretes devem ficar nas mesquitas e as cruzas nas igrejas”, sublinhou.
Estas palavras fazem sentido, porém não está claro, sublinham os observadores, por que no mês passado, os albaneses ergueram no bairro de Cair um monumento à “águia de duas cabeças” (brasão da Albânia), comemorando assim o aniversário do conflito em Tanusevci.
Participaram das demonstrações contra a cruz alguns deputados do partido albanês dominante na Macedônia União Democrática pela Integração e ministro da Educação da Macedônia Abdulakim Ademi.
Curiosamente alguns dias antes do início da construção três albaneses bateram em Todor Petrov, líder do Congresso Mundial Macedônico que deu o dinheiro para o símbolo cristão.