A Turquia também vem bombardeando posições das Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG) no norte da Síria desde fevereiro. A intenção é impedir que os curdos tomem a região. Ancara considera o YPG como aliado do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), movimento separatista que luta pela independência curda no sudeste da Turquia.
Nesta sexta-feira, militares russos informaram que Ancara é inteiramente responsável pela continuidade das hostilidades nas províncias sírias de Aleppo e Idlib, já que a Turquia mantém o fornecimento de armas a terroristas e continua a bombardear grupos de milícias curdas que lutam contra a Frente Nusra.
Curdos sírios nas províncias do norte, na fronteira com a Turquia, também acusam Ancara de fornecer armas e manter a fronteira aberta para grupos militantes.
A Síria vive uma guerra civil desde 2011, com forças leais ao Presidente Bashar Assad combatendo vários grupos de oposição, inclusive grupos extremistas como a Frente Nusra e o Daesh.
Um cessar-fogo negociado por Rússia e Estados Unidos entrou em vigor no último sábado em toda a Síria. A trégua teve o apoio do governo sírio e de dezenas de grupos de oposição. O Daesh e a Frente Nusra não aderiram ao cessar-fogo.