Em artigo publicado no Astrophysical Journal, cientistas da Universidade da Califórnia em Santa Cruz relataram a observação de uma galáxia pequena, mas brilhante, na extremidade mesma do universo, à qual batizaram de GN-z11.
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— NASA Goddard Images (@NASAGoddardPix) 3 de março de 2016
A descoberta foi feita enquanto a equipe analisava imagens do Telescópio Espacial Hubble. Eles calcularam que a luz emitida pelas estrelas da galáxia teve que viajar durante 13,4 bilhões de anos antes de chegar ao telescópio – o que significa que já existia quando o universo tinha apenas 400 milhões de anos.
O que os astrônomos viram, efetivamente, foi uma fotografia instantânea do passado, mostrando como era a galáxia 13,4 bilhões de anos atrás.
Naquela época, a galáxia só tinha um bilhão de estrelas – cerca de 1% do tamanho da nossa Via Láctea, a título de comparação. Ainda assim, ela dava luz a novas estrelas em um ritmo vertiginoso, as quais eram, em média, grandes, quentes e brilhantes.
Até agora, a crença comum sugeria que, nos primeiros dias do universo nascente, as estrelas não poderiam ter sido tão radiantes. Os astrônomos da UC-Santa Cruz, portanto, estão agora determinados a investigar mais profundamente o quão comum eram estas galáxias brilhantes naquela época.
Enquanto o Hubble pode ver apenas o quanto a sua tecnologia permite, equipamentos científicos mais sofisticados estão sendo desenvolvidos, prometendo estender nossa cosmovisão a distâncias cada vez mais longínquas.
Em outubro de 2018, por exemplo, o Telescópio Espacial James Webb será inaugurado. Resultado de uma cooperação entre a NASA, a Agência Espacial Europeia e a Agência Espacial Canadense, o novo equipamento terá capacidades de sondagem muito superiores às do Hubble, lançado ao espaço em abril de 1990.
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— NASA Webb Telescope (@NASAWebbTelescp) 22 de fevereiro de 2016