A nota foi publicada no site oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Agentes da polícia turca irromperam na sede do diário oposicionista Zaman, em Istambul, disparando canhões de água e gás lacrimogêneo contra os manifestantes que protestavam na rua contra a intervenção do governo no meio de comunicação.
Esta sexta-feira (4), um tribunal de Istambul ditou a intervenção no Zaman, o que provocou rumores nos círculos mediáticos sobre o seu possível fechamento.
Segundo o próprio jornal, neste preciso momento os agentes estão a revisar a sua sede.
No editorial desta sexta-feira, o Zaman havia denunciado a chegada da "fase final de opressão daqueles que tentavam preservar a voz independente das suas publicações". O texto também lamenta que hoje em dia os jornalistas passem mais tempo em tribunais do que a escrever nas redações.
Segundo o jornal, a intervenção do Estado na mídia é outra maneira de silenciá-los. É citado como exemplo a nomeação de auditores para o grupo de mídia Koza-Ipek, após o que, sob o pretexto de falência, na terça-feira foram fechados os canais de televisão privados Kanalturk e Bugün TV, bem como os diários Bugün Gazetesi, Millet Gazetesi e a emissora Kanalturk Radyo.
O governo turco afirma que o Koza-Ipek e o Zaman estão ligados ao pregador islâmico de oposição Fethullah Gulen, considerado como terrorista pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
Por sua vez, o Departamento de Estado dos EUA qualificou como "preocupante" a decisão do Governo turco de intervir na gestão do Zaman.