O Fundo Monetário Internacional (FMI) apresentou as suas condições para o próximo pacote da ajuda financeira à Ucrânia. Kiev deverá negociar e pagar à Rússia a dívida de 3 bilhões de dólares que contraiu em 2013.
A questão da ajuda financeira é muito importante para a Ucrânia, porque o sistema de financeiro do país, sem o apoio do FMI, não poderá existir por muito tempo, estando à beira do default.
Por enquanto, no que diz respeito ao pagamento da dívida à Rússia, não há avanços.
Em meados de fevereiro, Moscou após esperar durante um mês, apresentou queixa contra Kiev ao Supremo Tribunal de Reino Unido em Londres. A Ucrânia respondeu declarando que pretende se defender em tribunal.
Durante este mês, segundo dados da mídia, foram realizadas negociações nos corredores entre Moscou e Kiev. Segundo declarações de altos funcionários, existiu mesmo uma proposta da Ucrânia para resolver a situação. Mas as condições desta eram piores das que haviam sido acordadas antes disso com os credores privados que ainda no passado outono concordaram em reestruturar a dívida ucraniana, cancelar 20% da dívida (15 milhões de dólares) e adiar prazos de pagamento até 2019.
Enquanto isso, a anulação de uma parte da dívida não estava na agenda. Entre os possíveis fiadores foram sugeridos a União Europeia, os EUA e o FMI – mas todos negaram a proposta de garantir o futuro financeiro da Ucrânia.
A própria Ucrânia não aceitou nenhuma das propostas e os seus credores e parceiros estrangeiros começaram a se indignar com a política de Kiev.
Além disso, a agência Bloomberg chamou recentemente a Ucrânia de uma das mais fracas cinco economias do mundo. A índice é definido nomeadamente com base nos indicadores de inflação e desemprego que na Ucrânia, tendo este último sido de 26,3 %. O país está, nesta avaliação, ao nível da Venezuela, Argentina, África do Sul e Grécia.