"O ataque nuclear preventivo de justiça será realizado de acordo com a declaração do chefe do Exército Popular da Coreia", diz um comunicado da pasta de Defesa norte-coreana citado pela Agência Central de Notícias Coreana (KCNA, na sigla em inglês).
A ameaça reflete a reação de Pyongyang ao anúncio feito anteriormente pelas autoridades sul-coreanas a respeito dos exercícios militares conjuntos com os EUA, os quais têm importância histórica devido à sua magnitude. As manobras, que começam nesta segunda-feira e se prolongam até o dia 18 de março, envolverão cerca de 300.000 soldados sul-coreanos e 17 mil militares dos EUA.
Pyongyang ignorou a resolução do Conselho de Segurança e manifestou na sexta-feira (4) a intenção de continuar o desenvolvimento de seu programa nuclear.
Fontes militares de Seul citadas pela agência de notícias Yonhap informaram que os exercícios conjuntos dos EUA e da Coreia do Sul também contêm um plano de ataques precisos contra altos cargos políticos e militares de Pyongyang.
Trata-se do plano operacional 5015, que também detalha como Seul e seus aliados podem detectar, interromper e destruir o arsenal nuclear da Coreia do Norte em caso de guerra na península.
Em 3 de março, o líder norte-coreano Kim Jong-un ordenou por decreto que as forças nucleares do país fossem preparadas para realizar um ataque a qualquer momento em caso de necessidade.
Após a declaração de Pyongyang nesta segunda-feira, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse considerar "categoricamente inadmissíveis" as ameaças norte-coreanas contra Washington e Seul.
"O desenvolvimento da situação na península coreana e em seus arredores gera uma preocupação crescente", observou a chancelaria russa.