Os desastres naturais que aconteceram no Japão em março de 2011 danificaram os blocos energéticos da usina nuclear Fukushima 1 e levaram à fusão dos núcleos do reator e à libertação de uma quantidade significativa de partículas radiativas. Para eliminar as consequências, foram rapidamente construídos vários tanques para armazenamento de resíduos radiativos líquidos, trincheiras para águas subterrâneas. Trabalhos de congelamento de solo também começaram para evitar que a água radiativa vazasse para o mar.
Por isso, em 2014 o governo do Japão anunciou um concurso internacional, destinando mais de 9,5 milhões de dólares para o projeto mais eficaz de reciclagem de resíduos radiativos.
Das 29 empresas mundias, foram escolhidas a russa RosRAO, a americana Kurion Inc e a americano-japonesa GE Hitachi Nuclear Energy Canada Inc. Espera-se que as empresas apresentem os seus projetos preliminares até finais de março do ano corrente.
Um especialista de RosRAO, o chefe do grupo russo do projeto, Sergei Florya, disse à Sputnik:
“Durante o ano de 2015 nós trabalhamos na criação de uma instalação de demonstração. O objetivo dela é mostrar aos japoneses a eficácia do processo [de purificação da água contaminada por trítio] na escala industrial de que eles precisam, e a qual no futuro ajudará o Japão a resolver o problema durante 5-6 anos”.
Segundo o especialista, o processo é complicado primeiramente por ser em escala grande: Fukushima 1 já tem mais de 700 mil metros cúbicos de restos radiativos com trítio.
A Rússia foi um dos primeiros países a enviar equipes de resgate após a catástrofe.