Em entrevista à revista norte-americana The Atlantic Obama falou sobre a sua impressão sobre as reuniões com o líder russo.
“…Durante todos os nossos encontros Putin é impecavelmente cortês e muito franco. Os nossos encontros são exclusivamente pragmáticos. Nunca me obriga a estar duas horas à sua espera, como acontece com os outros”, afirmou o presidente dos EUA.
“Está sempre interessado em cooperar conosco e em ser percebido como nosso parceiro porque é bastante inteligente”, disse Obama.
Ao mesmo tempo, na opinião de Obama, Putin faz isso porque a posição da Rússia no mundo enfraqueceu. O presidente russo não participa de nenhum dos encontros em que forma-se a agenda internacional, exceto as cúpulas do G20.
Não é a primeira vez que Obama diz que a Rússia é fraca demais para desempenhar o papel principal em processos internacionais. Na primavera de 2014 afirmou que a Rússia é uma potência regional e não mundial.
No entanto, o porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, afirmou na sexta-feira (11) que o Kremlin examinou a entrevista de Obama e tomou em conta tudo que foi dito pelo presidente norte-americano.
Observadores notam que Obama tenciona menosprezar o papel da Rússia para criar a melhor imagem dos próprios EUA, especialmente na véspera das eleições presidenciais no país e no contexto da situação na Síria onde a Rússia não somente contribui para a derrota do terrorismo mas também faz todo o possível para restaurar paz no país que está mergulhado na guerra civil desde 2011.