A denúncia contra Lula está sendo apreciada pela Juíza Maria Priscilla Veiga Oliveira, da 4.ª Vara Criminal do Fórum da Barra Funda, em São Paulo.
Os promotores alegam que a prisão preventiva de Lula é imprescindível para a instrução criminal e argumentam que, como ex-presidente, ele teria amplo poder de mobilização.
Segundo o Deputado Federal Wadih Damous Filho (PT-RJ), um dos parlamentares mais próximos ao ex-presidente, o pedido de prisão preventiva de Lula é risível, não havendo nenhum fundamento jurídico que justifique a medida. Ele encara o pedido como uma piada de mau gosto. “Aquela peça subscrita pelos três procuradores, nenhum estudante de primeiro ano da Faculdade de Direito a assinaria. Só se presta para piada, não presta para mais nada.”
Sobre a posição da juíza que recebeu a denúncia – se deverá ou não deferir o pedido –, o Deputado Wadih Damous afirma que “ela não pode deferir”.
Já o Deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) diz que, embora tenha de adotar uma posição de cautela, espera por uma completa apuração de responsabilidades, “garantindo-se a Lula a mais ampla defesa e a preservação de todos os seus direitos”.
“A democracia exige o funcionamento pleno de instituições republicanas, que pressupõem alguns valores e algumas diretrizes fundamentais”, diz o parlamentar mineiro. “A primeira é de que todos são iguais perante a lei. Não importa o peso político ou econômico da pessoa na sociedade, todos devem responder perante a lei de forma igualitária. A segunda é o princípio da ampla defesa e da presunção de inocência – isto também é importante.”
O Deputado Marcus Pestana pondera: “Vamos aguardar o pronunciamento do Judiciário, da juíza que está encarregada do caso. Ela vai analisar e, cumprindo o seu papel institucional, vai julgar. Nós estamos na expectativa do pronunciamento do Judiciário. O fundamental é que seja dado amplo espaço de defesa para todos os réus, assim deve ser com todos os brasileiros mas também que não haja impunidade e que aqueles que se desviaram do bom caminho da lei paguem pelos seus erros e sejam punidos.”