Lembramos que, em fevereiro, o diretor da CIA (Agência Central de Investigações dos EUA), John Brennan, disse que os jihadistas do Daesh tinham usado armas químicas na Síria e no Iraque, tendo acrescentado que o grupo terrorista possui capacidade de produzir pequenos volumes de gás mostarda e gás de cloro e pode, inclusive, estar os exportando aos países ocidentais.
“As partes meridionais de Taza foram alvo de violentos ataques por parte de militantes do Daesh. Durante os ataques, os terroristas dispararam dois foguetes equipados com substâncias tóxicas contra a [povoação de] Kasbah al-Bashir”, informou al-Hashd ash-Shaabi, citado pela emissora televisiva Al Sumaria.
Anteriormente nesta quinta-feira (10) as autoridades informaram sobre 409 casos de ferimentos na sequência do primeiro ataque químico contra Taza. Os habitantes foram atingidos por graves problemas respiratórios.
O grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e reconhecido como terrorista pelo Brasil) autoproclamou-se "califado mundial" em 29 de junho de 2014, tornando-se imediatamente uma ameaça explícita à comunidade internacional e sendo reconhecida como a ameaça principal por vários países e organismos internacionais. Porém, o grupo terrorista tem suas origens ainda em 1999, quando um jihadista da tendência salafita, o jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, fundou o grupo Jamaat al-Tawhid wal-Jihad. Depois da invasão norte-americana no Iraque em 2003, esta organização começou a fortalecer-se, até transformar-se, em 2006, no Estado Islâmico do Iraque. A ameaça representada por esta entidade foi reconhecida pelos serviços secretos dos EUA ainda naquela altura, mas reconhecida secretamente, e nada foi feito para contê-la. Como resultado, surgiu em 2013 o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que agora abrange territórios no Iraque e na Síria, mantendo a instabilidade e fomentando conflitos.