Kerkuki informou que este sábado (12), de manhã cedo, no sudoeste de Kirkuk, as forças peshmerga conseguiram prevenir um atentado terrorista por parte de militantes do Daesh.
“Os militantes do Daesh planejavam explodir veículos minados na área de posição das nossas tropas, mas as forças peshmerga conseguiram prevenir o ato terrorista. De seis jihadistas que preparavam o ataque, um se explodiu e outros foram mortos pelos soldados de peshmerga. Nós também destruímos os veículos dos terroristas, recheados de explosivos. Na sequência da auto-explosão do grupo do Daesh, cinco soldados nossos ficaram feridos mas felizmente sem gravidade. Eles foram levados a um hospital onde, neste momento, estão recebendo tratamento”.
“Na área de Kirkuk de vez em quando continuam hostilidades entre os peshmerga e os jihadistas do Daesh. Nós pretendemos combater até limparmos completamente Kirkuk e área adjacente de terroristas”, sublinhou o comandante.
O grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e reconhecido como terrorista pelo Brasil) autoproclamou-se "califado mundial" em 29 de junho de 2014, tornando-se imediatamente uma ameaça explícita à comunidade internacional e sendo reconhecida como a ameaça principal por vários países e organismos internacionais. Porém, o grupo terrorista tem suas origens ainda em 1999, quando um jihadista de tendência salafita, o jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, fundou o grupo Jamaat al-Tawhid wal-Jihad. Depois da invasão norte-americana no Iraque em 2003, esta organização começou a fortalecer-se, até transformar-se, em 2006, no Estado Islâmico do Iraque. A ameaça representada por esta entidade foi reconhecida pelos serviços secretos dos EUA ainda naquela altura, mas reconhecida secretamente, e nada foi feito para contê-la. Como resultado, surgiu em 2013 o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que agora abrange territórios no Iraque e na Síria, mantendo a instabilidade e fomentando conflitos.
Não há uma frente unida de combate contra o Daesh: contra o grupo lutam as forças governamentais da Síria (com apoio da aviação russa) e do Iraque, a coalizão internacional liderada pelos EUA (limitando-se a ataques aéreos), assim como milícias xiitas libanesas e iraquianas. Uma das forças mais eficazes que combatem o Daesh são as milícias curdas, tanto no Curdistão iraquiano, como no Curdistão sírio.