“Não há dúvida que são os civis que sofrem mais… Por isso a exterminação dos curdos é um verdadeiro genocídio”, disse Aso Talabani à RIA Novosti em uma entrevista.
Talabani sublinhou que não há militantes do PKK em algumas cidades nas quais Ancara efetua a sua operação militar.
“Por exemplo, há um guerrilheiro em uma casa residencial. Mas centenas de pessoas comuns vivem [também] nesta casa. Os turcos bombardeiam esta casa por meio de tanques e helicópteros. Para eliminar um guerrilheiro [eles] matam centenas de civis”, explicou o oficial.
O Estado-Maior da Turquia estima que mais de 1.000 militantes curdos tenham sido mortos na operação anti-PKK desde meados de dezembro. Os ativistas curdos, por sua vez, insistem que a maiorias das vítimas era civil.
Sublinha-se que 11 aviões atacaram 18 alvos nas posições curdas.
As autoridades da Turquia informam que os dados preliminares da investigação da explosão que sacudiu a capital turca testemunham que os militantes curdos do PKK podem ser ligados ao atentado.
Após mais de dois anos de cessar-fogo, as hostilidades entre as forças militares e policiais turcas e do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) foram retomadas no verão passado, comprometendo as conversações de paz iniciadas em 2012 para pôr fim a um conflito que desde 1984 já deixou mais de 40 mil mortos.
O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) é considerado oficialmente como uma organização terrorista na Turquia.